SKY BURIAL

The robin that lives in my yard
also lives in me. This is the interior,
while the state unwinds across
a vast expanse splitting the sky.
It is all of it and more;
these things were passages
of the ligh-born afternoon
cascading then expanding
like a flange around the day.
Yes, the day, staccato
in its azure and gold banner;
then one learns, as one learns
from twilight, how to look
through here, and not here, grinning.
The wisteria out of my window
is waving, up, down, up,
it's so far away though, outside.
I'm here where the word is opening.
There are distances, the whole
tonal range blooming,
clarity of attenuated looking,
a payload delivering meaningful dust.
It'a a good day to die.

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ENTERRO A CÉU ABERTO

O pisco que vive no meu jardim
também mora dentro de mim. Intimamente,
enquanto a minha emoção se liberta pela
vastidão fendida do céu.
Tudo isso e mais;
as coisas que foram passando
pela tarde nascida da luz
em cascata e depois expandindo-se
como uma orla à volta do dia.
Sim, o dia, destacado
na sua bandeira azul e ouro;
então aprende-se, se alguém aprende
com o crepúsculo, com o olhar
daqui, e não aqui, sorrindo.
A glicínia fora da minha janela
acena, acima, abaixo, acima,
mas está tão longe, lá fora.
Eu estou aqui onde a palavra é dita.
Há lonjuras, toda
a gama de tons florindo,
claridade de ténue aparência,
uma intensa carga de significativa poeira.
Está um bom dia para morrer.

by Peter GIZZI, North American poet (b.1959), in "THE POETRY REVIEW", Volume 108:2, Summer 2018

(Portuguese translated by Armando TABORDA, 2018)

(photo taken from Internet; edited by Armando TABORDA)