Je t'aime beaucoup mon ami Armando, toi et ta Poésie. J'ai souvent le sentiment de bien te comprendre (malgré la langue!!) et ta propre poésie fait beaucoup de bien à la mienne. Tu sais, je ne crois pas que nos poèmes racontent nos vies mais...la vie, les questions des hommes devant l'amour, la nature et devant Dieu bien sur...l'infini et le fini. C'est pour cela qu'on nous aime parfois et nous deteste aussi parfois!: comme tu dis, "l'inquiètude". C'est encore plus fort que l'angoisse car l'angoisse c'est nous, notre petit moi.

L'inquiètude, c'est le questionnement de la condition humaine à travers un individu. Eternelles questions si simples: d'où je viens, qui suis je, où je vais? Je ne veux pas parler à la place de tous les hommes mais seulement honorer ma part d'humanité, qu'elle soit le résultat de la nature et du cosmos ou qu'elle soit le cadeau d'un Dieu. Parfois nos angoisses contingentes sortent en même temps que l'inquiètude essentielle. Il ne faut pas en avoir peur mais seulement rester pudique avec la première et couver l'autre comme un don.

C'est précisement ce que j'ai compris assez recemment et qui essaye d'orienter ma poésie actuelle.

A bientôt de te lire, mes amitiés à ta petite famille,

Lio D, 18 février 2009
Amo-te muito meu amigo Armando, a ti e à tua Poesia. Muitas vezes tenho o sentimento de te compreender bem (apesar da língua!!) e a tua poesia faz muito bem à minha. Tu sabes, não creio que os poemas contem nossas vidas mas...a vida, as questões dos homens perante o amor, a natureza e certamente perante Deus...o infinito e o finito. É por isso que por vezes nos amam e outras nos detestam!: como tu dizes, "o desassossego". É ainda mais forte do que a angústia porque a angústia somos nós, o nosso pequeno eu.

O desassossego, é a interrogação da condição humana através do indivíduo. Questões eternas tão simples como: donde venho, quem sou, para onde vou? Não quero falar em nome de todos os homens mas somente honrar a minha parte de humanidade, quer ela resulte da natureza e do cosmos quer seja um presente de Deus. Por vezes as nossa angústias contingentes coincidem com o desassossego essencial. Não é preciso ter medo mas somente ser-se púdico com as primeiras e considerar o outro como um dom.

Foi isto que compreendi recentemente e tento que oriente a minha poesia actual.

Esperando ler-te, com amizade pela tua família,

Lio D, 18 Fevereiro 2009

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(post 1st edition, 2013; 2nd edition 2020; 3rd edition, 2024)